Qual a diferença entre uma empresa e uma startup?

Tradição versus inovação

Analisadas como estruturas complementares para a saúde da economia global, as diferenças entre as empresas e startups devem ser observadas com maior grau de detalhes, visto ser esta uma das dúvidas do novo empreendedor. 

Definir qual gênero de instituição será aberto é essencial para projetar modelos de despesas operacionais, ambiente organizacional e o planejamento estratégico das atividades do negócio. 

A diferenciação também contribui para um maior entendimento de como funciona a concorrência em um grande painel de publicidade, construindo cenários de oportunidades e ameaças compatíveis com a realidade. 

As empresas tradicionais nascem como um gerador de riqueza separado do modelo aristocrático de herança, estabelecidas ainda na era absolutista da História moderna europeia com as seguintes características de base: 

• Imortalidade da pessoa jurídica; 
• Separação entre patrimônio pessoal e corporativo; 
• Estabelecimento de um capital inicial; 
• Risco empreendedor. 

Sob estas lentes, as startups devem ser vistas como um desdobramento das empresas, um modelo de instituição privado distinto, porém, derivado da concepção mais tradicional. 

Imortalidade da pessoa jurídica

As empresas surgem a partir da construção de uma personalidade jurídica, ou seja, um registro que garante às instituições direitos e deveres de ordem civil. 

Desta forma, a pessoa jurídica passa a existir diante da lei de um país de maneira separada de seu condutor. 

Nascida em conglomerados de entes da sociedade civil através da locação de espaço comercial, ou seja, em lugar específico, as primeiras corporações eram uma maneira de dominar a operação de uma atividade, reunindo forças em torno de um corpo legal. 

Por esta razão, se estabelece a imortalidade jurídica, princípio que suspende o ato de herança, presente entre os direitos de pessoa física. 

Desta maneira, a empresa funciona de modo independente às relações familiares e consanguíneas de seus sócios. 

Separação entre patrimônio pessoal e corporativo

Um desdobramento do princípio de imortalidade jurídica, as empresas são caracterizadas por possuir um patrimônio próprio, independente da renda e distribuição de riquezas que pertençam à alçada do patrimônio pessoal de seus proprietários. 

Esta separação tornou possível os conceitos modernos de lucro e margem, uma relação entre despesas e receitas calculadas a partir da segmentação do patrimônio total. 

A compra de um carimbo empresarial é definida como gasto pela delimitação do montante. 

O estabelecimento deste princípio permite o desenvolvimento da Contabilidade, estudo que conceitua e esquematiza a movimentação financeira das empresas, projetando diagnósticos sobre sua viabilidade e capacidade de remuneração de sócios e funcionários.

Estabelecimento de um capital inicial

Ao eliminar o ato de herança e dividir patrimônio pessoal e corporativo, o objetivo que guiou a formação das empresas tornou-se mais explícito. 

A captação de recursos por meio do lucro impulsionou a aplicação de um dispositivo para financiar a abertura de empresas. 

O capital inicial consiste em um montante doado pelos sócios de uma empresa em seu processo de instalação para financiar as atividades do negócio, como a compra de um notebook para escritório, na fase anterior à geração de receita.

Estabelecer um capital inicial permite a sobrevivência de empresas em suas etapas iniciais, como os primeiros meses de abertura, onde já existem despesas operacionais com salários, equipamentos e obrigações tributárias. 

Risco empreendedor

O risco empreendedor é estabelecido como critério que desobriga instituições públicas e privadas, assim como pessoas físicas de fornecer recursos para proteger o patrimônio da corporação ou de seus investidores da insolvência. 

O empreendedor que aloca recursos em uma personalidade jurídica privada assume para si os riscos de prejuízos financeiros, assim como detém o valor total de seus lucros. 

Tais perdas incluem dívidas de toda espécie, como estoques e aluguel de sala comercial pequena. 

Este princípio estabelece em definitivo a independência das personalidades jurídicas, transformando a empresa em um mecanismo legítimo de aquisição e alocação de renda, além de garantir sua acessibilidade às pessoas físicas. 

Os limites que definem as empresas estão presentes em toda modalidade de instituição privada desde sua conceitualização. 

A revolução industrial estabeleceu o empreendedor como profissão de prestígio, associada à riqueza concentrada nas fábricas. 

Quaisquer empreendimentos que se caracterizam como objeto gerador de lucro por meio do fornecimento de um produto ou serviço é considerado uma empresa, independente de seu número de proprietários e sócios. 

O aspecto tradicional das empresas se reflete em seu planejamento de longo prazo, buscando uma organização interna que o torne resistente a crises e mudanças no cenário externo. 

A configuração das empresas acontece pela relação diretamente proporcional entre custos para produzir o estoque e receita gerada pela distribuição dos produtos em sua totalidade. 

Para aumentar a receita é necessário aumentar a produção em medidas semelhantes. 

As startups se diferenciam das empresas tradicionais por seu modelo de relação inversamente proporcional de custos de produção e receitas. 

Para alcançar tal resultado, desenvolveram-se as seguintes características singulares: 

• Lucro extraído da oferta de valor;
• Padronização do produto; 
• Custo estático de criação e replicação; 
• Pioneirismo. 

Transformando assim as startups em sinônimo de inovação tecnológica e sucesso massivo, aspectos que atraem investidores e empreendedores para esta recente modalidade de negócio. 

Lucro extraído da oferta de valor 

Diferente do lucro voltado ao processo, raciocínio presente nas empresas tradicionais, as startups retiram seus rendimentos da oferta de um valor à população, uma facilidade de alta relevância para o mercado mas ainda não explorada em sua totalidade. 

Em salas para treinamento de colaboradores em empresas tradicionais, a missão final de um empreendimento é a solução de uma necessidade do público da melhor maneira possível em relação a seus concorrentes. 

Nas startups, o lucro de uma empresa advém de sua capacidade de gerar valor, ou seja, de gerar uma necessidade ainda não existente em determinado mercado consumidor. 

No cenário tecnológico, os aparelhos digitais geraram uma necessidade em si mesmos.

Padronização do produto

A padronização do produto é fundamental para o funcionamento das startups, visto que sua atuação busca atingir o maior raio de usuários, exigindo uma produção do item criado em larga escala. 

Produzi-lo deve ser um conhecimento replicável em folder de apresentação. 

Uma das características essenciais de um produto gerado por uma startup é a sua replicabilidade, ou seja, sua capacidade de ser repetido incontáveis vezes sob o mesmo valor de produção.

Custo estático de criação e replicação

O estabelecimento de uma relação inversamente proporcional entre custos e receitas é possível apenas com a manutenção das despesas de produção do item em valores estáticos, mesmo em período de expansão. 

A criação de uma startup consiste na formação de uma cadeia produtiva que possa aumentar exponencialmente sua produção sem que novos colaboradores ou equipamentos sejam adicionados à estrutura original.

Entre essas despesas não estão incluídos gastos operacionais que não são relacionados à produção do item, como impostos e custos com almoço de empresa.

Pioneirismo

O valor depositado pelas startups nos mercados econômicos de todo o mundo é sua inovação, a capacidade de produzir produtos inéditos e explorar segmentos ainda desconhecidos pelas demais empresas. 

Este critério confere um maior nível de risco a este tipo de negócio, consequentemente, elevando suas expectativas de lucro caso a iniciativa seja bem sucedida.

Conclusão

As empresas e startups são elementos complementares na construção de um cenário industrial e econômico saudável, garantindo a inovação e a resistência, características de ambas as modalidades de negócio. 

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.